terça-feira, maio 29, 2007

Higiene Mental!


Numa das minhas viagens ao meu velho dicionário de psicologia encontrei esta definição de Higiene Mental.

Higiene Mental: Investigação e aplicação das medidas que evitam distúrbios mentais e promovem a saúde mental.

Ok! Parece simples, mas será que é tão simples assim promover a saúde mental?
A resposta sim é dada por aqueles que já integraram na sua vida uma série de pensamentos e actos que são adaptativos e que promovem a sua saúde num todo.
Não vou comentar agora o que é adaptativo ou não, isso poderá ser outro post!
A resposta não é dada por aqueles que sofrem de mau estar psicológico e ainda não implementaram os actos e pensamentos em cima referidos.

Até aqui tudo muito geral, mas vamos pensar quanto tempo despendemos na nossa higiene mental?
Quanto tempo do nosso dia é usado para exercício físico?
Quanto tempo do nosso dia é usado para ler um livro?
Quanto tempo dá para simplesmente não fazer nada?
Quanto tempo usa para cultivar pensamentos positivos e úteis para o próprio e para os outros?

Como não tenho muito tempo, quando uso os transportes públicos leio algo, quando não leio, olho à minha volta e vejo a cara das pessoas, na sua expressão tento ler o que estão a sentir. Daí até pensar o que uma pessoa triste ou cansada precisa de ouvir para se sentir melhor, é um pequeno grande passo. Quando estou demasiado alheado de tudo, simplesmente não faço nada…
Isto só para dizer que existem sempre tempos em que podemos escolher como tratar a nossa mente e que fundo este post poderia chamar-se “Faça a sua higiene mental nos transportes públicos!”

Espero que este post tenha servido para dar um pouco de atenção a algo que, não sendo tangível, muitas vezes é tudo… a nossa mente!

4 comentários:

maria inês disse...

Pedro, eu sou uma acérrima defensora da higiéne mental nos transportes públicos: observo, leio, ouço música, relaxo. Vario a actividade consoante o estado de espirito:)

Teresa disse...

Este post fez-me realizar que se há alturas em que eu pratico algo parecido com a “higiene mental” que fala o Pedro, é definitivamente quando estou “em transito”. Nos transportes públicos, sozinha de carro, ou a andar a pé, a deslocação facilita-me a reflexão e torna-me o pensamento mais fluido!

Pelo contrario quando estou parada (por exemplo à noite durante uma insónia – o que felizmente em mim é muito raro) a minha mente anda como que em círculos e parece que não consigo nem aprofundar, nem esvaziar o que quer que seja que me invade a mente.

É curioso mas nunca tinha pensado nisto! Será que é absurdo dizer que o movimento do corpo ajuda e impulsiona o movimento da mente?

Pedro Correia Santos disse...

Olá Teresa!

Não é de todo absurdo dizer que o movimento do corpo impulsiona a mente, pelo contrário!!

Aliás há uma velha máxima que diz que um corpo são cria uma mente sã!

Claro que há sempre a meditação sentada e estática... mas isso é outro post.

Obrigado pelos comentários Inês e Teresa.

Teresa disse...

Olá Pedro,

Na verdade, quando escrevi “movimento do corpo” referia-me à deslocação do corpo no espaço, ao percorrer de um caminho (que até pode ser sentada, como no carro por ex.) e não ao exercício físico. Foi a pensar nisso que coloquei aquela interrogação.

Relativamente à meditação estática nunca experimentei, embora acredite nos seus efeitos benéficos. Penso que exige alguma aprendizagem. No meu caso, exigiria certamente!

A sua observação terá sido um post anunciado? Se foi ficarei à espera!